Saturday 10 October 2009

datagem de fósseis

Adquirir conhecimento é um prazer que freqüentemente leva ao auto-conhecimento. Estudar a Teoria da Evolução de Charles Darwin é saber porque existimos, e ter uma idéia do porque de algumas de nossas características. Hoje em dia, médicos de várias especialidades levam a Evolução das Espécies, sobretudo da nossa espécie, em consideração para tratar de doenças e problemas de saúde física e mental. Por exemplo, por quê muitas vezes temos esse sentimentos de que falta alguma coisa, esse sentimento de insatisfação? Psicólogos evolucionistas acreditam que tal sentimento tem suas vantagens evolucionárias. A vontade de mais conquistas pode levar a mais conquistas, e mais conquistas podem levar a melhores condições de vida, e portanto de sobrevivência e proliferação. Seres com um pedacinho de constituição genética que favorece um grau de insatisfação teriam, assim, uma chance estatisticamente maior de passar adiante essa característica.

Acabou de ser inaugurado o Darwin Centre, no Museu de História Natural de Londres. Pretendo ir visitá-lo em breve. Não irei sozinho. A pessoa que me acompanhará é um jovem brasileiro profundamente religioso. Temos em comum nossa diferença. Minha tarefa é convencê-lo do que a comunidade científica já se conveceu há muito tempo (o Papa também): Evolução é um Fato. Estipulamos dois pontos específicos. Primeiro, a datagem de fósseis. Os métodos que temos de datagem de fósseis são confiáveis? Segundo, a questão dos famosos fósseis intermediários, que mostram a transição de, por exemplo, répteis a mamíferos.

Ofereci a ele o texto que reproduzo abaixo.



Esse é um resumo de um artigo escrito por Michael Benton, Ph.D., cátedro de Paleontologia de Vertebrados da Universidade de Bristol. O artigo encontra-se disponível em http://www.actionbioscience.org/evolution/benton.html?print . O artigo é aprovado pelo Instituto Americano de Ciências Biológicas. O artigo foi originalmente escrito em inglês.

• A compreensão atual da história da vida é provavelmente próxima à verdade, pois é baseada em testes e considerações repetidos.

• Há centenas de milhões de fósseis disponíveis ao público em caixas e gavetas no mundo inteiro.

• Fósseis aparecem em seqüências regulares repetidamente; deterioração radioativa ocorre e comparações de testes radiométricos variados confirmam sua validade.

• Seqüências constantes de fósseis foram determinadas muito antes de Charles Darwin sequer pensar na possibilidade de evolução. Os primeiros geólogos, nos séculos XVIII e XIX observaram que determinados grupos de fósseis eram sempre encontrados embaixo de outros determinados grupos de fósseis.

• Por volta de 1800, o inglês William Smith descobriu os primeiros princípios da estratigrafia: rochas mais antigas encontram-se embaixo de rochas mais recentes e fósseis aparecem em ordens fixas e previsíveis.

• Geólogos erigiram a coluna estratigráfica: era Jurássica, Cretáceo, Terciário e assim por diante. Cada unidade é caracterizada por fósseis específicos. O mesmo esquema foi confirmado no mundo todo sem exceção.

• A partir de 1830, geólogos observaram que os fósseis tornavam-se mais complicados com o tempo. As rochas mais antigas não continham fósseis, depois, em uma seqüência clara, vêm criaturas marinhas simples, depois mais complexas (como peixes), depois vida em terra firme, depois répteis, depois mamíferos e, finalmente, seres humanos.

• Em seu livro “A orígem das espécies” Charles Darwin explica como as espécies evoluiram.

• Paleontólogos vem buscando fósseis ativamente desde 1859. Nos últimos 150 anos todos os fósseis encontrados são compatíveis com a teoria de Darwin. Nenhum fóssil inesperado foi encontrado, como por exemplo fósseis humanos nos tempos dos dinossauros.

• Paleontólogos hoje em dia utilizam técnicas matemáticas para avaliar a qualidade da sucessão de fósseis. Não sabemos tudo, mas sabemos o suficiente. Biólogos têm à sua disposição diversas maneiras independentes de verificar a história da vida: não apenas através da ordem dos fósseis em rochas mas também através das árvores filogênicas.

• Árvores filogênicas são as árvores de famílias particulares de plantas e animais, e que mostram que todos os seres vivos são aparentados.

• Árvores filogênicas utilizam matematicamente listas morfológicas ou moleculares. A maioria dos casos testados conta a mesma estória, tanto no nível de fósseis como a nível molecular.

• Datagem em geologia pode ser relativa ou absoluta. Datagem relativa é feita observando fósseis, e métodos de datagem absoluta são todos baseados em deterioração radioativa.

• Certos elementos que ocorrem naturalmente são radiotivos e eles deterioram-se em velocidades previsíveis.

• Químicos medem o tempo que leva para que metade do elemento radioativo deteriore-se tornando-se uma forma estável do mesmo elemento (meia-vida).

• Através de comparar a proporção entre a forma inicial e a forma mais estável do mesmo elemento em uma amostra de rocha, e sabendo a velocidade de deterioração, a idade pode ser calculada.

• Datagens radiométricas pode ser feitas utilizando diversos elementos. Comparações de testes, muitas vezes realizados por laboratórios rivais, confirmam-se mutuamente.

• Atualizações são feitas de tempos em tempos. Desde 1960 a data do fim dos dinossauros foi continuamente confirmada: 65 milhões de anos. A margem de erro das técnicas modernas de datagem é 1%.

• Nós podemos ler a história da vida nas rochas com segurança.

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